terça-feira, 11 de novembro de 2008

nosso fim

Aquele garoto que era lindo
era lindo
todos gostavam dele
que tinha olhos verdes
verdes como o mar
aquele garoto que tinha o sorriso
que tinha a beleza
mais bela que tinha
aquele garoto que ensinei
a pilotar motocicleta
a andar de motocicleta
caiu, levantou, bateu a poeira
sorriu, procurei por ele
disseram que morreu,
uma árvore lhe caiu em cima,
uma ávore o matou
mas como pode
mas como pôde
uma árvore.
O garoto cresceu,
virou homem,
comprou boiada,
derrubou a árvore que o matou
fui ao cemitério,
cheiro de vela
rezei seu nome
acreditando que assim
pudesse ressurgir
não adianta lutar contra o destino
todos iremos
para o mesmo fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

muita inspiração, a poesia fala de algo que não está transparente, temos que entender a poesia com os olhos do sentimento