segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cântico IV

este poema
é uma piada
tudo o que faço
vale pouco
ou nada
tudo o que tenho
é uma filosofia
que não vale
um empenho
não vale nada.

as únicas flores que aprecio
são as de plástico
roubadas de cemitérios
adoro flores de catacumbas
aquelas de tumbas
desoladas sem nome
aquelas que não passam de monturos
de defuntos esquecidos
roubo flores dos ricos
e levo às tumbas pobres
sou o herói do cemitério

os mortos são os únicos
que merecem minha admiração

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